segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O Adeus de um Herói do Tri

   

A maior seleção de todos os tempos perdeu seu camisa 1. O goleiro frio e sereno debaixo das traves e que não tremia na frente de grandes atacantes, agora será um eterno desfalque. Na manhã de sexta-feira, dia 24 de agosto, morreu  devido a problemas respiratórios, o goleiro  do tricampeonato mundial  em 70, Félix, mais conhecido como Papel. 
Mas você caro leitor, pode estar se perguntando: Félix foi realmente importante para o futebol brasileiro? E a resposta é sim ela é enorme. O goleiro paulistano da Mooca iniciou a carreira no Nacional-SP, e em seguida, se transferiu para a Juventus. Na sequência, o Papel  foi para a Portuguesa e começou a se destacar. Porém, não conseguiu conquistar títulos. Retornou ao Nacional, voltou a Portuguesa e se tornou conhecido no cenário nacional. E ele deu o grande salto na carreira ao se transferir  para o Fluminense Football Club, uma equipe  tradicional e acostumada a conquistar títulos.

A Carreira

Félix teve carreira longa no futebol, começando bem cedo nas categorias de base do Nacional-SP, e ainda com 15 anos de idade passou a jogar profissionalmente pelo Juventus da Mooca.

Juventus: 1953 – 1955
Portuguesa: 1955 – 1957
Nacional: 1957 – 1960 (emprestado)
Portuguesa 1961 – 1968 (305 jogos)
Fluminense 1968 – 1976 (319 jogos)

No Tricolor, Félix fez história como integrante da Máquina Tricolor, que contava com feras como Rivellino, Dirceu, Gil, Carlos Alberto Torres, entre outros craques. Pelo Flu conquistou as seguintes taças: 

§  Campeonato carioca: 1969197119731975 e 1976
§  Taça Guanabara: 1969, 1971 e 1975
§  Campeonato Brasileiro: 1970
§  Torneio Internacional de Verão do Rio de Janeiro: 1973
§  Torneio de Paris: 1976




O arqueiro se destacou  pelo Flu com defesas que entraram para a história  do Maracanã e do futebol brasileiro como na Taça Guanabara de 75. Depois de o atacante Nilson Dias ter dado uma meia bicicleta, e a torcida botafoguense começar a vibrar com o provável gol, o arqueiro tricolor se esticou e praticou um defesa salvadora, daquelas espetaculares, que fez  a torcida do Fluminense comemorar. 


Félix chegou ao auge, conquistando o título mundial com a seleção em 70. Com uma equipe  que reunia grandes craques, como Tostão, Gerson, Jairzinho, Rivellino, Jairzinho e Pelé, os nomes famosos  com certeza ficariam no ataque. Porém Félix , se mostrou de fundamental importância em vários momentos, principalmente nas partidas contra Inglaterra na primeira fase e Uruguai na semifinal, com defesas importantes que garantiram as vitórias mais sofridos do Brasil no Mundial. Confira um resumo da passagem de Félix  pela seleção:



NÚMEROS PELA SELEÇÃO:

O homem que conquistou o mundo em 1970, com a scratch canarinho teve uma sólida carreira como integrante da seleção brasileira.

Pela seleção principal: 47 jogos, 33 vitórias, 9 empates, 5 derrotas.Gols sofridos: 46Copa do Mundo: 1970Jogos em Copa do Mundo: 6 jogos , 6 vitórias.
Gols sofridos em Copa do Mundo: 7
Títulos: Copa Rio Branco (1967, 1968), Copa do Mundo (1970), Copa Roca (1971).Sua estreia pela seleção foi em um  Brasil 5 x 3 Hungria, no dia 21 de novembro de 1965

O último jogo um Brasil 0 x 2 Flamengo, no dia 6 de outubro de 1976:



Como prêmios individuais, Félix levou o Belfort Duarte que premiava  os jogadores que passassem dez anos sem ser expulsos. Em 1976, Félix se aposentou  e apesar das inúmeras glórias, não teve um grande reconhecimento nacional e  ficou marcado por ter sido considerado culpado pelo gol que o Brasil levou do Uruguai em 70, gerando desconfiança da mídia e do público em geral. 

Ao final da carreira, Félix chegou a trabalhar como vendedor no Ponto Frio e teve dificuldades financeiras, precisando pedir ajuda para amigos para poder custear o tratamento das complicações respiratórias que acabaram por levá-lo ao óbito. 

Veja abaixo algumas declarações de ex-companheiros sobre o goleiro Félix: 

Gente finíssima, companheiro, e eu acho que nos momentos que nós mais precisamos dele no gol, ele foi realmente fantástico”, elogiou Edu, ponta-esquerda reserva na Copa de 70.

Ele foi uma pessoa do bem, uma pessoa maravilhosa que infelizmente Deus levou. Perdemos um companheiro que eu vou sentir muitas saudades”, lamentou Rivellino, tricampeão mundial em 1970


Fontes: Globo.com , Wikipédia.pt.br, pbcomfernandorichter.blogspot.com , revistaepoca.globo.com

Matheus e Thiago

Um comentário:

  1. Foi uma grande perda do nosso esporte de verdade. Espero que ele tenha deixado sua mensagem de compromisso.

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário para o "O MAIS DA UCAM"