sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Música Eletrônica - Da déc. de 40 aos dias atuais

De uns tempos pra cá você notou que as músicas consideradas de festas, dançante e com muita informação – uma verdadeira misturada de um monte de efeitos sonoros - tomaram conta do mercado fonográfico?


Você não está enganado! A música eletrônica, realmente, cresceu e hoje é um dos estilos mais tocados no mundo. Mas, para entender melhor como surgiu esse tipo de música que produz sons modificados pela eletricidade, aliás, daí o nome ELETRÔNICO, é preciso voltar no tempo. Mais precisamente no ano de 1948 – data que marca o início do estilo.

O francês Pierre Schaeffer apresentou a RTF – uma rede de TV e rádio francesa uma série de pequenos estudos musicais a partir de gravações de sons de origens diversas como passos, vozes e máquinas, que eram posteriormente trabalhados e remontados no estúdio.

Depois disso, estudiosos e músicos alemães começaram a utilizar essas técnicas aplicando apenas sons de origem eletrônica, gerados por osciladores elétricos. Surgiu então o primeiro estúdio para a música eletrônica.  Em 1956, uma grande inovação - vozes humanas são adicionadas aos sons eletrônicos.

Na década de 70 uma banda tornou o estilo eletro music popular: a Kraftwerk. Pelo mundo surgiram ao longo dos anos diversos artistas e estúdios especializados que investiram em laboratórios e centros de pesquisa dedicados à produção musical a partir da tecnologia.



No Brasil, as experiências eletroacústicas demoraram a se estabelecer. Mas com o compositor Reginaldo de Carvalho, em 1956, que as primeiras obras do gênero totalmente brasileiras foram criadas. Outro precursor da música eletroacústica brasileira, o compositor Jorge Antunes, compôs as primeiras peças brasileiras realizadas com sons eletrônicos.
A criação de estúdios e laboratórios em diversas universidades brasileiras dá impulso decisivo à produção de música eletroacústica nos anos 90.

A música eletrônica se popularizou com o surgimento dos sintetizadores digitais e posteriormente com os samplers. Mas, o “boom” mesmo aconteceu com os computadores que possuem diversos recursos de áudio, possibilitando executar as mesmas funções de instrumentos musicais ou de sintetizadores através da criação, manipulação e apresentação virtual do som. Isso enriqueceu ainda mais a produção musical que se ramificou em diversos estilos como: a música eletrônica dançante – o House, Trance, TechnoHardcore Techno, Breakbeat, Ambient, Tribal, entre vários outros.

No Brasil, onde existem alguns dos melhores profissionais da música eletrônica do mundo, surgiu uma nova ramificação da música eletrônica, o Electronic Live Music, que é a inserção e modificação do som pela eletricidade no exato momento em que a música está sendo propagada, ou seja, a música vai sendo modificada simultaneamente a execução.

Dentre os artistas mais consagrados do estilo estão: David Guetta Armin Van Buuren e Tiësto. No Brasil destaque para House Boulevard e para os DJs Anderson Noise e Mau Mau.



Do seu início até hoje, a música eletrônica passou por uma infinidade de transformações que mostraram o seu caráter adaptativo e comprovam que o seu futuro tecnológico é imprevisível e caminha com a evolução das mídias digitais

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